Cartas de um deseperado!
O amor...
Ah! O amor!
E hoje, é o S.Valentin! Queria tanto escrever-te, mas faltam-me as palavras. No passado foram tantos os momentos e cicatrizes que enfrentamos, pelo nosso amor.
Já recuperado, nesta cama da vida, tenho permanecido num silêncio enorme! As pessoas olham para mim, e não se prenunciam. Interrogam-se! Não era disso que queria falar. Queria falar de nós. E a tua partida fora tão precoce, que as lágrimas afugentam os momentos felizes que tivemos.
Fica a saudade! A saudade, dos nossos jantares, do teu aniversário, e do nosso casamento! Hoje, pergunto à sociedade os requisitos para me infiltrar nela como uma segunda vida. Eles pedem-me a perfeição. "Julieta", eles não te conheciam.
O Mundo, entristece-me. Desde a tua partida, vive-se num estado de Guerra nesta maldita terra, nesta medíocre sociedade. Pequenina, mesquinha!
Não basta falar deles. A saudade tem o teu nome. As cordas do meu coração, rangem de dor. Desafinadas, sem contraste de vida. O meu coração veste-se de negro! Promete-me, que amanhã me levas para junto de ti. O dia, será só nosso! Nos inicios, havia sempre discussões. Mas afinal quem não as tem? Mas o orgulho ía embora, afinal, amavas-me. Tenho a certeza.
Quase sem tempo, vou ali comprar uma rosa, e preparar a mesa. Era assim que faziamos sempre.